Acordo de R$ 125mi sobre Mariana é firmado entre Arquidiocese e mineradoras

Acordo Histórico em Mariana: R$ 125 Milhões para Reparar Danos e Preservar Cultura

Na última terça-feira, dia 09, um importante acordo foi assinado, envolvendo a Samarco Mineração S/A, a Vale S/A, a BHP Billiton Brasil Ltda. e a Arquidiocese de Mariana. O valor total do acordo é de R$ 125 milhões e foi mediado pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) e pelo Ministério Público Federal (MPF). Este acordo é um passo significativo para a reparação dos danos materiais e morais decorrentes do trágico rompimento da Barragem de Fundão, que ocorreu em novembro de 2015, em Mariana, Minas Gerais.

Contexto do Rompimento da Barragem

O desastre da Barragem de Fundão foi um dos piores acidentes ambientais da história do Brasil. O rompimento da barragem não apenas causou uma tragédia humana, mas também devastou o meio ambiente e impactou profundamente a vida das comunidades locais. Muitas pessoas perderam suas casas, suas propriedades e até mesmo entes queridos. Além disso, a cultura e a religião da região foram fortemente afetadas, com a destruição de igrejas e outros bens sagrados.

O Que o Acordo Garante?

O Termo de Compromisso firmado garante que os recursos financeiros serão utilizados para a reparação total dos danos. Isso inclui a restauração e conservação de bens religiosos, culturais e artísticos que foram danificados nas comunidades de Bento Rodrigues, Paracatu de Baixo, Gesteira e Barra Longa. O MPMG ressaltou a importância desse acordo não apenas para a reparação dos danos, mas também para a preservação do patrimônio cultural da região, que é vital para a identidade local.

Próximos Passos e Fiscalização

A execução do acordo já está em andamento e será monitorada de perto pelo MPMG e pelo MPF. A Arquidiocese de Mariana tem um prazo de até 120 dias para apresentar planos detalhados para a execução das obras necessárias. Esses planos devem incluir fases, prazos e a metodologia a ser utilizada. As obras emergenciais deverão começar em até seis meses, enquanto as obras não emergenciais iniciarão em até 12 meses após a apresentação dos projetos.

Lista das Reparações a Serem Realizadas

  • Bento Rodrigues: a Capela de São Bento, a Casa Paroquial, a Capela de Nossa Senhora das Mercês e seu cemitério anexo, além da Casa Paroquial da Capela Nossa Senhora das Mercês no reassentamento.
  • Paracatu de Baixo: a Capela de Santo Antônio, a Casa Paroquial, a Capela de São Vicente de Paulo, a Capela de Nossa Senhora Aparecida (Capela de Ponte do Gama), e a Casa Paroquial e o Salão Paroquial no reassentamento.
  • Gesteira: a Igreja Nossa Senhora da Conceição e a Casa Paroquial.
  • Barra Longa: a Igreja Matriz de São José.

Reflexões sobre o Acordo

Essa ação representa um passo importante não apenas em termos de reparação financeira, mas também no reconhecimento das perdas que as comunidades enfrentaram. É fundamental que as ações propostas sejam executadas de forma eficaz e que a comunidade tenha voz ativa no processo. A esperança é que esse acordo traga uma nova vida às localidades afetadas e que a memória do que aconteceu não seja esquecida.

Conclusão

O acordo firmado é um marco significativo na luta por reparações e preservação cultural em Mariana. A comunidade espera que os próximos passos sejam seguidos com rigor e que os danos causados sejam, de fato, reparados. É um momento de reconstrução e de esperança para todos que foram impactados por essa tragédia. Se você deseja saber mais sobre esse assunto ou compartilhar sua opinião, deixe seu comentário abaixo!