As Mulheres na Difusão Vermelha da Interpol: Um Olhar Sobre os Casos Brasileiros

A Difusão Vermelha da Interpol é um mecanismo importante que alerta os países sobre foragidos internacionais. Atualmente, há 71 brasileiros nessa lista, um número significativo que levanta questões sobre segurança, justiça e, em muitos casos, o papel da mulher no crime organizado. Entre esses 71 indivíduos, seis são mulheres, cada uma com uma história e crimes que variam de tráfico de drogas a homicídio qualificado e tortura. Neste artigo, vamos explorar não apenas as histórias dessas mulheres, mas também a recente solicitação da Polícia Federal para incluir a deputada Carla Zambelli na lista, caso sua situação se agrave.

O Caso de Carla Zambelli

A deputada Carla Zambelli, do PL-SP, se tornou um nome conhecido após ser condenada a 10 anos de prisão pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Sua condenação veio após a invasão do sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), um ato que despertou muitas controvérsias. Após o veredicto, Zambelli deixou o Brasil e anunciou nas redes sociais que estava indo para a Itália, onde possui cidadania, mas acabou se estabelecendo nos Estados Unidos. A situação se complicou ainda mais quando o ministro Alexandre de Moraes determinou sua prisão preventiva.

As Brasileiras na Lista da Interpol

Vamos conhecer as seis mulheres que atualmente estão na Difusão Vermelha da Interpol:

• Thaynara Caroline Pereira dos Santos: Nascida em 27 de julho de 1996, Thaynara é procurada pela Polícia da Argentina por associação criminosa e fraude com cartões de crédito e débito.
• Heloisa Gonçalves Duque Soares Ribeiro: Conhecida como a ‘Viúva Negra’, Heloisa nasceu em 13 de março de 1950 e é procurada por assassinato e tortura. Ela ganhou este apelido após ser condenada pela morte de um de seus cinco companheiros.
• Maria Jussara da Conceição Ferreira Santos: Integrante de uma organização criminosa, Maria Jussara, nascida em 7 de fevereiro de 1973, é suspeita de envolvimento na morte de dois líderes do PCC e foi incluída na lista em 2018.
• Marcia Liziane da Costa Vieira: Nascida em 20 de setembro de 1985, Marcia é procurada por furtos e é natural de Santana do Livramento, no Rio Grande do Sul.
• Rosirene Vieira: Natural do Paraná, Rosirene é procurada por tráfico internacional de drogas. Ela nasceu em 28 de fevereiro de 1976 e possui características físicas que a diferenciam.
• Silvana Seidler: Silvana é uma mulher procurada por homicídio qualificado e ocultação de cadáver. Nascida em 13 de outubro de 1966, ela é acusada de ter matado sua própria filha, um crime que chocou o Brasil.

A Questão da Extradição

O processo de extradição é um tema complexo e que varia de país para país. O diretor de cooperação internacional da Polícia Federal, Felipe Seixas, afirmou em uma entrevista que, embora a Interpol seja um mecanismo crucial para capturar foragidos internacionais, a extradição não depende necessariamente da inclusão na Difusão Vermelha. Cada país tem suas próprias regras sobre a prisão e extradição de indivíduos procurados, e no Brasil, isso geralmente requer uma determinação judicial.

Segundo o delegado, após alguém ser colocado na lista de foragidos internacionais, como é o caso de Zambelli, a pessoa não pode ser imediatamente presa. Isso leva em consideração a legislação local e a necessidade de um mandado ou ordem judicial.

Reflexões Finais

O assunto das mulheres foragidas na lista da Interpol e a situação de figuras públicas como Carla Zambelli nos fazem pensar sobre a complexidade da justiça e da lei. É um lembrete de que a criminalidade não tem gênero, e as consequências de ações ilegais podem ser devastadoras, tanto para os envolvidos quanto para suas famílias. O caso dessas mulheres representa não apenas o lado sombrio da sociedade, mas também uma oportunidade para refletirmos sobre o que significa justiça no mundo atual.

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