A Revolução do Funk: A Jornada Inspiradora de Pocah
Pocah, uma verdadeira força da natureza, é uma das vozes mais marcantes do funk brasileiro. Com 30 anos, ela não apenas conquistou o coração dos fãs, mas também se tornou um ícone de resistência e empoderamento no cenário musical. Neste Dia Nacional do Funk, celebrado em 12 de novembro, a artista concedeu uma entrevista exclusiva onde compartilhou suas experiências, desafios e a importância desse gênero musical em sua vida.
De Duque de Caxias para o Mundo
Nascida e criada em Duque de Caxias, um município do Rio de Janeiro, Pocah é filha de uma ex-empregada doméstica e de um comerciante. Sua história é um exemplo claro de que a música pode servir como um agente de transformação. Em suas palavras, o funk não só proporcionou a ela uma carreira, mas também uma nova vida. “O funk me deu uma história. Me deu a maior oportunidade da minha vida, me deu uma profissão. Ele me trouxe muita experiência como artista e como empresária também”, revelou. Hoje, com mais de 13,9 milhões de seguidores no Instagram, Pocah vive em uma casa de alto padrão, algo que parece distante do seu começo de vida.
Desafios e Superações
Apesar do sucesso, a trajetória de Pocah não foi fácil. Ela enfrentou (e ainda enfrenta) o machismo que permeia a indústria musical. Um dos episódios mais marcantes que ela compartilhou foi um assédio que sofreu de um ex-contratante no início de sua carreira. Lembrando do incidente, ela disse: “Teve uma coisa que me marcou muito, foi a questão da minha roupa. Eu fui fazer um show e o contratante me perguntou se eu não ia tirar a calça para fazer o show. Eu falei: ‘Não, não vou tirar a calça, meu figurino é esse’.” Essa experiência não apenas a incomodou, mas também a fez refletir sobre como as mulheres são tratadas na indústria do funk e em outras áreas da música.
O Machismo na Indústria Musical
O comentário do contratante expôs uma questão mais ampla: o machismo existente na indústria do funk. Pocah se perguntou se esse tipo de abordagem aconteceria com artistas de outros gêneros. “Será que eles fazem isso com outros artistas de outros gêneros? Ou é só porque eu sou do funk e ele acha que eu tenho que subir sempre de fio dental?”, questionou. A artista enfatiza que é fundamental que as mulheres tenham o direito de escolher como se apresentar, sem a pressão de atender a expectativas alheias.
Uma Nova Perspectiva
Apesar dos desafios, Pocah não se vê como uma vítima, mas como um símbolo de resistência. Ela destaca a importância da persistência e de continuar lutando por espaço e respeito dentro da indústria. “Eu vejo como uma trajetória de muita persistência, que me moldou muito como mulher também. Existem altos e baixos, mas tem muita resistência”, afirmou. Ela reconhece que as oportunidades para mulheres na música ainda são limitadas, mas acredita que as coisas estão mudando e melhorando ao longo do tempo.
Reflexão Sobre o Funk
No Dia Nacional do Funk, Pocah também fez um chamado à reflexão para aqueles que criticam o gênero. “Já vi muito comentário na internet de gente que consome funk no off. Eu acho que são um bando de amargurados, a verdade é essa”, disse. Para ela, a felicidade que o funk proporciona é inegável, e aqueles que não gostam provavelmente estão apenas perdendo uma oportunidade de se divertir. “Ninguém vai me ver reclamando do som de ninguém, porque eu sou feliz com o meu funk”, completou.
Conclusão
Pocah é um exemplo de como a música pode ser um poderoso instrumento de mudança e, ao mesmo tempo, um reflexo das lutas enfrentadas por muitas mulheres na sociedade. Sua história inspira e encoraja novas gerações a seguirem seus sonhos, sem se deixar abater pelas dificuldades. O funk, assim como a trajetória de Pocah, é uma celebração de resistência, alegria e liberdade.
Se você se sentiu tocado pela história de Pocah, compartilhe suas reflexões sobre o funk e sua importância na cultura brasileira. O que você acha que pode ser feito para melhorar a representatividade feminina na música? Comente abaixo!