Moraes falou sobre delação já prevendo divergência de Fux, diz especialista

Entenda a Importância da Delação de Mauro Cid no Julgamento de Golpe de Estado

Recentemente, o ministro Alexandre de Moraes, que faz parte do Supremo Tribunal Federal (STF), trouxe à tona um assunto muito relevante: a delação do ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, Mauro Cid. Este tema está diretamente ligado ao julgamento dos réus do núcleo 1 que supostamente tentaram implementar um golpe de Estado. Para esclarecer um pouco mais sobre essa situação, a professora de Direito Penal da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Luísa Ferreira, teve a oportunidade de comentar sobre o assunto em uma entrevista ao programa CNN Prime Time.

O Papel de Alexandre de Moraes

Na sua argumentação, Moraes procurou reforçar a validade da delação de Cid, desafiando as tentativas das defesas de invalidar os depoimentos. Luísa Ferreira destaca que o ministro se posicionou de forma firme, contestando a ideia de que teria ocorrido um grande número de delações. Para Moraes, o que ocorreu foi uma única delação que continha vários depoimentos, e a interpretação das defesas, que afirmam ter existido entre oito a nove delações, foi considerada por ele como uma abordagem que “beira litigância de má-fé”. Essa expressão, que pode parecer técnica, na verdade indica que Moraes acredita que as defesas estão tentando distorcer os fatos para ganhar vantagem no tribunal.