Após mortes de funcionárias, campus do Cefet retoma atividades presenciais

Cefet Maracanã Retoma Atividades Após Tragédia: Um Cenário de Luto e Reflexão

Nesta terça-feira, dia 9, o Cefet (Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca) inicia a retomada das atividades presenciais em sua unidade localizada no Maracanã, Rio de Janeiro. Esse retorno ocorre em um momento delicado, marcado pela dor e pela perda, uma vez que duas funcionárias da instituição foram mortas em um ato de violência. A tragédia aconteceu no final do mês passado, quando um colega de trabalho, na zona Norte da cidade, disparou contra as vítimas, gerando um clima de luto profundo na comunidade acadêmica.

Um Retorno Gradual e Necessário

De acordo com o que foi informado pelo Cefet, a volta às atividades será feita de forma gradual. Nesta terça, o retorno se dará primeiramente para os servidores docentes e técnico-administrativos. Já no dia seguinte, quarta-feira, será a vez dos alunos voltarem às aulas presenciais. A instituição, em nota, ressaltou a importância de cuidar do bem-estar emocional de todos os envolvidos e anunciou que atividades de acolhimento estão sendo organizadas. Essas iniciativas visam oferecer apoio, escuta e suporte pedagógico, fundamentais em um momento como esse.

O desfecho trágico, que resultou na morte de Allane de Souza Pedrotti Mattos e Layse Costa Pinheiro, deixou um impacto profundo, não só nas famílias das vítimas, mas em todos que fazem parte do Cefet. A nota oficial da instituição destaca que, apesar do luto, é essencial que a comunidade se una neste momento, buscando a recuperação e a superação.

Entendendo a Tragédia

O incidente que levou à morte das funcionárias ocorreu no dia 28 do mês passado. A Polícia Militar foi chamada após relatos de disparos dentro da unidade de ensino. Allane e Layse foram atingidas e, apesar do socorro prestado pelo Corpo de Bombeiros, não conseguiram sobreviver aos ferimentos. Durante as investigações, o corpo de um homem foi encontrado no local, apontado como o autor dos disparos. Este homem foi identificado como João Antonio Miranda Tello Ramos Gonçalves, de 47 anos, que também era funcionário da instituição.

Segundo informações obtidas pela CNN Brasil, João Antonio enfrentava problemas de saúde que frequentemente o afastavam do trabalho. O que se apurou até agora é que, em um ato desesperado, ele teria atirado contra as colegas e, em seguida, cometido suicídio. Esse trágico desfecho levanta questões sobre a saúde mental no ambiente de trabalho e as consequências que conflitos internos podem acarretar.

Divergências e Licenças Médicas

Os relatos indicam que o ataque foi precedido por uma série de divergências administrativas. As licenças médicas sucessivas de João Antonio eram um ponto de atrito com Allane e Layse, que atuavam em áreas voltadas para o acompanhamento de pessoal e gestão educacional. Essa situação ressalta a importância de um ambiente de trabalho saudável e a necessidade de políticas de apoio psicológico para funcionários, especialmente em instituições de ensino, onde o bem-estar de todos deve ser uma prioridade.

Reflexão e Ação

É fundamental que, após uma tragédia como essa, as instituições busquem implementar medidas que visem prevenir novos incidentes. O apoio psicológico e a promoção de um ambiente de trabalho saudável são essenciais para que todos se sintam seguros e respeitados. A volta às atividades no Cefet Maracanã é uma oportunidade para refletir sobre como lidar com a dor e o sofrimento, ao mesmo tempo em que se busca a superação e a reconstrução.

Em momentos assim, a união da comunidade é crucial. É importante que todos se sintam parte de um mesmo grupo, oferecendo apoio mútuo e buscando a cura coletiva. E, claro, para aqueles que sentirem necessidade, não hesitem em buscar ajuda profissional. A saúde mental deve ser uma prioridade sempre, mas especialmente em tempos de crise.



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