PT Lança Resolução: Uma Nova Estratégia Contra o Bolsonarismo e o Neoliberalismo
Recentemente, o Partido dos Trabalhadores (PT) aprovou uma resolução que busca unir forças no combate ao bolsonarismo, comparando a atuação do ex-presidente Jair Bolsonaro e seu grupo político a práticas fascistas e de extrema direita. O documento, que foi finalizado na noite de domingo, dia 7, não menciona a candidatura de Flávio Bolsonaro, mas foca na figura do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, como uma ameaça significativa ao que consideram um projeto neoliberal e privatista.
Tarcísio de Freitas e o Neoliberalismo
No texto, o PT descreve Tarcísio como o principal representante desse projeto, destacando que ele tem transformado São Paulo em um verdadeiro laboratório de redução do papel do Estado. Segundo a resolução, a gestão de Freitas está marcada pela entrega de bens públicos e por um enfrentamento ideológico ao governo federal. Essa crítica aponta para uma visão de que as políticas adotadas pelo governador podem ter consequências profundas para a população paulista e para o Brasil como um todo.
Contexto Político e Desafios
A resolução do PT é extensa, com 30 tópicos que abordam diversos desafios que o partido enfrenta neste período pré-eleitoral. Ela menciona tanto os cenários internos quanto externos como fatores que exigem um fortalecimento orgânico do PT. Além disso, o documento menciona o crescimento de setores neofascistas no mundo, impulsionados por figuras como Donald Trump, e sugere que essa tendência também se reflete na política brasileira.
A Prisão de Bolsonaro e Suas Consequências
Um dos pontos mais impactantes da resolução é a menção à prisão de Jair Bolsonaro e de quatro generais, acusados de tentativa de golpe de Estado e planejamento de assassinato do presidente e vice-presidente da República. Essa situação é considerada um marco inédito na história do Brasil e uma conquista significativa para a democracia, segundo o PT. O documento enfatiza que este evento coloca a direita em uma posição vulnerável, abrindo espaço para disputas internas e expondo a crise moral e política que permeia o bolsonarismo, que, mesmo assim, continua articulado e mantém uma base ativa.
Críticas ao Centrão e Relações com o Legislativo
A resolução também não hesita em criticar o Centrão e o uso de emendas parlamentares como instrumentos de pressão sobre o governo. A relação entre o PT e o Legislativo é apresentada como um campo de batalha onde interesses opostos se enfrentam, e a sigla defende a necessidade de retomar o diálogo com bandeiras históricas, com um foco especial nas demandas sociais, como a questão da segurança pública.
Transformação Digital e Feminicídios
Além disso, o documento aborda a transformação digital que está acontecendo no Brasil e a preocupação crescente com o aumento dos feminicídios. Essas questões são apresentadas como parte de um conjunto de desafios que o PT precisa enfrentar, mostrando que a sigla está atenta não apenas à política, mas também às demandas sociais mais amplas.
Mobilização para o 8 de Janeiro
Por fim, o PT conclui a resolução pedindo um reforço na mobilização para o dia 8 de Janeiro, uma data que se tornou simbólica na luta pela democracia no Brasil. O partido convoca a população a realizar atos em todo o país, reafirmando que o povo brasileiro não aceita mais golpes e ataques à sua soberania.
Essa chamada à ação é um lembrete poderoso de que a luta pela democracia e pelos direitos sociais continua, e que a união de forças é fundamental para enfrentar os desafios que se apresentam.