Mãe denuncia que filho perdeu a visão após sofrer bullying em escola no RJ

Bullying na Escola: A Trágica História de uma Criança e a Luta de Sua Mãe

Recentemente, uma história comovente chamou a atenção da sociedade, destacando um problema que, infelizmente, ainda é muito comum nas escolas: o bullying. Lídia Loiola Cardoso, mãe de um aluno de apenas 10 anos, fez uma denúncia preocupante sobre como seu filho, estudante do 5º ano na Escola Municipal Leonel Azevedo, na Ilha do Governador, Zona Norte do Rio de Janeiro, perdeu a visão do olho direito devido a uma série de atos de bullying.

A Realidade do Bullying Escolar

O bullying é um fenômeno que afeta milhões de crianças e adolescentes ao redor do mundo. Muitas vezes, os agressores atacam suas vítimas por características que os tornam diferentes, como problemas de saúde, aparência física ou comportamentos. No caso do filho de Lídia, a situação se agravou devido ao glaucoma congênito que ele possui. Essa condição, que afeta a visão, tornou-o um alvo fácil para os alunos mais velhos.

Lídia compartilhou em uma entrevista ao telejornal RJ2 da Rede Globo que seu filho começou a expressar o desejo de não ir mais à escola. “Ele começou a desejar não vir para escola”, disse ela, explicando que notou uma mudança significativa no comportamento do menino. Antes, ele era uma criança extrovertida e sociável, mas a pressão e os ataques constantes fizeram com que ele se fechasse em si mesmo.

Os Ataques e Consequências

Os ataques que o garoto sofreu não foram poucos. Em um incidente, sua irmã mais nova, de apenas seis anos, tentou defendê-lo e acabou se machucando. Lídia, preocupada com a segurança de seus filhos, procurou a escola e se reuniu com a família do agressor, mas mesmo após a reunião, os ataques continuaram. “Registrei tudo em ata, mas nada mudou”, lamentou.

O cenário se agravou ainda mais em abril de 2024, quando durante um intervalo, outro aluno fez com que o menino tropeçasse e quebrasse o pé. Ao relatar o ocorrido ao diretor da escola, Lídia foi informada de que seu filho havia se jogado. Essa afirmação contradizia os relatos de outros estudantes, que descreveram o que realmente aconteceu, mas mesmo assim, a situação não foi levada a sério.

Em outro episódio, o menino foi empurrado e acabou fraturando o nariz. A situação culminou em um incidente no dia 18 de novembro, durante uma aula de educação física, quando ele foi agredido com um chute e um soco no olho, resultando na perda da visão. A dor e o medo que essa criança enfrentou são inimagináveis e refletem uma falha sistêmica na proteção das crianças dentro do ambiente escolar.

A Luta da Mãe por Justiça

Lídia não ficou parada. Em desespero, ela buscou ajuda em diferentes lugares, incluindo a Corregedoria Regional de Educação e o Conselho Tutelar. “Eu pedi ajuda a todo mundo, até liguei para o 1746. Tenho protocolos, mas ninguém me escutou”, disse a mãe, com lágrimas nos olhos. A frustração dela é compreensível, pois muitas vezes as vozes das mães e pais são ignoradas em situações tão graves.

Resposta da Secretaria de Educação

A Secretaria Municipal de Educação do Rio de Janeiro se pronunciou após a denúncia ter sido feita. A pasta informou que soube do caso há poucos dias e instaurou uma sindicância para investigar a situação. Além disso, foi mencionado que o aluno responsável pela agressão foi transferido para outra escola. No entanto, muitos se perguntam se essa é a solução adequada e se isso realmente resolverá o problema do bullying na instituição.

A secretaria também mencionou que assistentes sociais e psicólogos estavam realizando ações anti-bullying, mas muitos questionam a eficácia dessas iniciativas. A questão que fica é: até quando as crianças precisarão sofrer para que as autoridades tomem medidas mais eficazes e preventivas?

Reflexão Final

Essa história é um lembrete doloroso de que o bullying é uma questão séria nas escolas e que deve ser tratada com urgência. As crianças merecem um ambiente seguro e acolhedor, onde possam aprender e crescer sem medo. Lídia Loiola Cardoso é um exemplo de resiliência e determinação, e sua luta deve inspirar todos nós a agir e a garantir que nenhuma criança passe pelo que seu filho passou. Vamos juntos na construção de um ambiente escolar mais seguro e respeitoso.

Compartilhe sua opinião: Você já presenciou ou passou por situações de bullying? Como você acha que podemos combater esse tipo de comportamento nas escolas? Deixe seu comentário abaixo!



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