McCartney desabafa sobre fim dos Beatles e revisita teoria da conspiração

Paul McCartney: A Jornada de Reinvenção Após os Beatles

O renomado cantor e compositor Paul McCartney, atualmente com 83 anos, abriu seu coração em seu mais recente livro de memórias, intitulado “Wings: The Story of a Band on the Run”, onde compartilha os desafios que enfrentou após o fim dos Beatles, em 1970. Nesse período, ele se sentiu completamente perdido e chegou a considerar abandonar a música, uma paixão que sempre o acompanhou.

A Crise Existencial de um Ícone

McCartney reflete sobre uma fase turbulenta de sua vida, marcada por uma crise existencial. Ele revela detalhes sobre como os rumores de sua morte, que surgiram em 1966, ganharam força no final dos anos 60, quando muitos fãs acreditavam que ele havia sido substituído por um sósia. “O boato mais estranho começou a circular justamente quando os Beatles estavam se separando: o de que eu estava morto”, relembra ele. Essas teorias conspiratórias, que pareciam absurdas, tiveram um impacto significativo em sua vida, fazendo-o sentir-se como se estivesse vivendo uma espécie de morte simbólica.

O Impacto dos Rumores

O artista menciona que, no outono de 1969, um DJ americano alimentou ainda mais esses rumores, levando milhões de pessoas a acreditar que ele realmente tinha morrido. “Era um momento confuso, e eu estava realmente perdido. Não apenas como artista, mas como pessoa”, conta McCartney. Ele descreve como esse período o deixou emocionalmente esgotado, cercado por disputas judiciais e pressões que o faziam questionar sua própria identidade.

A Decisão de Mudar

Em meio a toda essa turbulência, McCartney e sua mulher, Linda McCartney, decidiram deixar Londres e se mudar para uma fazenda na zona rural da Escócia. Essa mudança foi crucial para sua saúde mental. “Estávamos cientes do poder da fofoca e do absurdo dessas histórias. A mudança foi uma forma de escapar disso e tentar encontrar um novo propósito”, explica. Essa decisão se mostrou uma virada em sua vida, permitindo que ele se sentisse livre novamente.

Reinventando a Carreira Musical

No novo ambiente, McCartney começou a trabalhar em sua música de uma maneira diferente. Em 1971, lançou o álbum “Ram”, junto com Linda e o baterista Denny Seiwell. Embora a recepção inicial tenha sido negativa, com a revista Rolling Stone chamando o álbum de “incrivelmente irrelevante”, ele não deixou que isso o derrubasse. “Fiquei deprimido. Estava sendo atacado por todos, e isso faz você se questionar se ainda tem talento”, recorda Paul. Ele chegou a pensar em desistir, mas a força de vontade e a paixão pela música o motivaram a seguir em frente.

O Sucesso do Wings

O grupo que Paul formou, chamado Wings, se tornou um fenômeno global, lançando álbuns que conquistaram o público, como “Band on the Run” e “Venus and Mars”. O single “Mull of Kintyre”, lançado em 1977, se tornou um dos maiores sucessos da sua carreira, vendendo mais de dois milhões de cópias no Reino Unido e quebrando recordes. Essas conquistas mostraram que, apesar das dificuldades, McCartney era capaz de se reinventar e prosperar fora da sombra dos Beatles.

Reflexões Finais

Hoje, mais de meio século após a separação dos Beatles, McCartney olha para trás e percebe que aqueles rumores de sua morte, embora assustadores na época, foram um gatilho para sua transformação pessoal e artística. O novo livro, que será lançado em 4 de novembro, promete revelar como Paul conseguiu reinventar sua identidade e continuar a fazer música que toca corações ao redor do mundo.

Se você é fã do artista ou simplesmente se interessa por histórias de superação, vale a pena acompanhar o lançamento de “Wings: The Story of a Band on the Run”. A experiência e a sabedoria de McCartney são inspiradoras e oferecem uma visão única sobre a vida de um dos maiores ícones da música.



Recomendamos