AL: Serial killer recebe quinta condenação e pega mais 27 anos de prisão

Serial Killer de Alagoas: O Caso de Albino dos Santos Lima e Suas Múltiplas Condenações

Na última sexta-feira, 31 de outubro de 2025, Albino dos Santos Lima foi novamente condenado, desta vez a mais 27 anos, 1 mês e 10 dias de prisão. Essa foi sua quinta condenação em um júri popular, e o julgamento ocorreu no Fórum do Barro Duro, em Maceió. O caso em questão envolveu a morte de Tâmara Vanessa da Silva, uma jovem de apenas 21 anos, e a tentativa de homicídio contra seu marido, José Gustavo Carvalho, de 23 anos, e a mãe de santo Leidjane Gomes de Freitas.

Albino está preso desde setembro de 2024 e é considerado um dos cinco maiores serial killers do Brasil. Ele já acumula condenações por crimes semelhantes que totalizam mais de 18 homicídios e seis tentativas, fazendo com que suas penas somem mais de 127 anos de reclusão. Essa situação levanta muitas questões sobre a criminalidade e a segurança pública no Brasil.

Contexto do Crime

O crime que levou à sua última condenação ocorreu em junho de 2024, no bairro da Ponta Grossa, em Maceió. As vítimas sobreviventes relataram que foram surpreendidas por disparos enquanto se preparavam para um evento de candomblé. Durante o júri, a defesa de Albino tentou argumentar que ele sofre de transtornos mentais e negou que o assassinato de Tâmara pudesse ser classificado como feminicídio. Essa tentativa de defesa gera um debate sobre a responsabilidade criminal e as condições mentais dos réus.

Perfil do Criminoso

O promotor de Justiça Antônio Vilas Boas descreveu Albino Santos de Lima como o “maior assassino em série de Alagoas e um dos maiores do país”. Desde sua prisão, em setembro de 2024, uma série de homicídios foi revelada, e a Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) o investiga por 18 homicídios consumados e seis tentativas. Um aspecto perturbador é que Albino costumava alegar, de forma falsa, que suas vítimas estavam envolvidas com atividades criminosas, como uma forma de justificar suas ações violentas.

Condenações Recorrentes

Em setembro de 2025, o Tribunal de Justiça de Alagoas (TJAL) impôs mais uma condenação a Albino, totalizando 14 anos e 7 meses de prisão por tentativa de homicídio duplamente qualificada contra Alan Vítor dos Santos Soares, de 20 anos. O crime ocorreu em junho, no bairro Vergel do Lago, quando Alan percebeu que estava sendo seguido e foi atingido por quatro disparos, o que resultou em uma internação prolongada, incluindo 30 dias em coma.

O histórico de condenações de Albino em 2025 é alarmante e inclui:

  • Outubro: 27 anos, 1 mês e 10 dias pela morte de Tâmara Vanessa da Silva e tentativas de homicídio contra José Gustavo Carvalho e Leidjane Gomes de Freitas;
  • Setembro: 14 anos e 7 meses por tentativa de homicídio contra Alan Vítor dos Santos Soares;
  • Julho: 24 anos e 6 meses pela morte da adolescente Ana Clara Lima Santos;
  • Junho: 24 anos e 6 meses pela morte da mulher trans Louise Gybson Vieira de Melo;
  • Abril: 37 anos pela morte do barbeiro Emerson Wagner da Silva e tentativa de homicídio contra outro rapaz.

Um Patrão do Crime

Segundo o Ministério Público de Alagoas, os crimes cometidos por Albino foram planejados e executados de forma metódica, seguindo um mesmo modus operandi. Ele escolhia suas vítimas de maneira deliberada, e as mortes ocorreram de forma impiedosa, sem dar chance para defesa. Isso levanta questões sobre o perfil psicológico de Albino e o que pode ter levado a essa trajetória de violência extrema.

Enquanto a sociedade tenta entender o que motiva pessoas a cometerem atos tão brutais, o caso de Albino destaca a necessidade de um olhar mais atento para a saúde mental e o sistema de justiça criminal. É um lembrete sombrio de que, em casos como o dele, as consequências da violência podem se estender muito além das vítimas diretas, afetando toda uma comunidade.

Reflexão Final

O caso de Albino dos Santos Lima é, sem dúvida, uma história trágica que transcende o mero ato criminoso. É um alerta sobre as complexas questões de saúde mental, justiça e segurança pública que o Brasil enfrenta atualmente. O que resta agora é esperar que a justiça continue a servir e que casos como o dele sejam tratados com a seriedade que merecem.



Recomendamos