Apontado como sócio do “Careca do INSS” diz que era prestador de serviço

Depoimentos Reveladores na CPMI do INSS

Recentemente, em uma sessão da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investiga irregularidades no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), Milton Salvador de Almeida Júnior, um nome que surgiu como associado ao infame “Careca do INSS”, fez afirmações que levantaram muitas questões sobre sua real participação nas atividades suspeitas.

O Que Aconteceu Durante o Depoimento

Durante a reunião do colegiado, realizada na quinta-feira, dia 18, Milton Salvador declarou que sempre atuou como prestador de serviços. Ele enfatizou que, ao ser mencionado nas investigações, tomou a iniciativa de pedir seu desligamento imediatamente. “Prestei serviços e, assim que fui inclusive citado, pedi imediatamente o meu desligamento”, explicou ele aos membros da comissão.

Milton não parou por aí. Ele contou que foi contratado para fornecer consultoria administrativa e financeira para empresas ligadas a Antônio Carlos Camilo Antunes, o famoso “Careca do INSS”. No entanto, ele se defendeu, afirmando que nunca teve uma relação de sócio com as empresas e que sua presença nos documentos era meramente formal, destinada a facilitar operações financeiras com bancos.

Justificativas e Revelações

Uma parte crucial do seu depoimento foi quando Milton mencionou que constava como diretor financeiro nos estatutos das empresas para facilitar a realização de pagamentos. “Eu nunca recebi um centavo de dividendos ou lucro de qualquer das empresas do Careca do INSS”, disse ele, reforçando sua posição de que não tinha envolvimento com as fraudes que foram investigadas.

Ele também expressou sua surpresa ao perceber que estava ligado a um esquema que prejudicava aposentados e pensionistas. “Eu sou um prestador de serviço que o conheceu numa seleção em fevereiro de 2024”, afirmou, revelando que só se deu conta da gravidade da situação quando se tornou alvo da Polícia Federal.

A CPMI e as Investigações em Curso

No mesmo dia, a CPMI também ouviu o advogado Nelson Wilians, que estava sob investigação pela PF em conexão com o esquema fraudulento. A comissão está focada em um esquema bilionário de descontos não autorizados em aposentadorias e pensões, que teria gerado perdas estimadas em R$ 6,3 bilhões entre 2019 e 2024.

Essas fraudes foram descobertas após uma operação da PF e da Controladoria-Geral da União (CGU), que trouxe à luz uma rede complexa de corrupção e manipulação dentro do sistema de previdência social.

Impacto e Reflexões sobre o Caso

O caso é alarmante e levanta questões sobre a integridade do sistema de previdência social no Brasil. A história de Milton Salvador é apenas um fragmento de um quadro muito maior que envolve muitos outros indivíduos e entidades. As alegações de que ele nunca se beneficiou financeiramente, somadas ao fato de ter se apresentado como um mero prestador de serviços, geram desconfiança e um convite à investigação mais profunda.

Enquanto isso, a CPMI continua a trabalhar para desvendar a verdade por trás desse escândalo. A sociedade brasileira aguarda respostas e justiça, especialmente os aposentados e pensionistas que foram vítimas deste esquema. A transparência e a responsabilização são essenciais para restaurar a confiança no sistema.

Conclusão

Os desdobramentos dessa investigação são cruciais não apenas para os envolvidos, mas para todo o sistema de previdência social. O que fica claro é que a luta contra a corrupção e a fraude deve ser uma prioridade, e todos os mecanismos de controle devem ser fortalecidos para proteger os cidadãos. Se você deseja acompanhar mais sobre essa história e outras investigações, fique atento às notícias e participe da discussão.



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